Victor Fernández já decidiu. A suspensão de quinze dias obriga-o a ficar fora do banco de suplentes no clássico de segunda-feira, com o Sporting, pelo que o treinador decidiu entregar o comando técnico aos adjuntos Nárcis Juliá e André. Ele vai ter de ficar um pouco mais atrás. Na bancada. Profundamente revoltado.
Como, aliás, tão bem se percebeu na conferência de imprensa. «Sinto-me injustamente tratado, sinto-me surpreendido e estranho pelo que aconteceu no jogo e as consequências do jogo», referiu. Não me parece que levantar o braço e dizer que é falta seja motivo para estar quinze dias suspenso».
Até porque foi apenas isso que se passou. «Tal como refere o relatório do árbitro, foi exactamente o que disse», sublinhou. «É a primeira em quinze anos que vou ter de dirigir a equipa desde um banco que não corresponde ao de treinador. É uma decisão retrógrada e que não tem nada a ver com o futebol actual, profissional e competitivo».
O que o deixa ainda mais revoltado. «Se estas razões fossem regra, todas as semanas as equipas seriam dirigidas sem os treinadores nos bancos». Tão revoltado que Victor Fernández pensou mesmo em levar o caso para a justiça. «Queria levar o tema para os tribunais civis através do meu advogado. Necessito defender-me e tenho o direito a trabalhar. Mas os dirigentes do F.C. Porto disseram-me que não valia a pena porque é assim que está regulamentado».