O 40º jogo de Fernando Santos como selecionador da Grécia colocou a seleção helénica às portas do Mundial 2014, pois a vitória por 3-1 sobre a Roménia desta sexta-feira deu uma importante vantagem aos gregos – e ao português – para que as coisas terminem com a presença no Brasil.

Ao conseguir a qualificação, o treinador português conseguirá o quarto apuramento consecutivo da Grécia para uma fase final de um Campeonato do Mundo ou da Europa batendo a marca pessoal desta seleção, cuja atual recorde de três competições o treinador português ajudou a bater com a presença no Euro 2012 – depois de Mundial 2010 e Euro 2008.

Considerado o treinador da década em 2010 na Grécia, depois da sua passagem por AEK, Panathinaikos e PAOK. Fernando Santos passou a comandar a equipa nacional grega em Julho de 2010. Desde então, cumpriu os objetivos da qualificação em 2012 – com os quartos de final no Europeu – com um registo de 24 vitórias, 12 empates e 4 derrotas.

Nestas contas incluem-se os jogos particulares, que foram 15 – e onde o número de empates (sete) estraga um pouco a média. Porque, nos jogos oficiais, as 17 vitórias, 5 empates e três derrotas registadas dão uma média de eficácia de mais do dobro de triunfos conseguidos em relação à soma dos outros dois resultados.



O jogo desta sexta-feira contradisse um pouco o rotulo defensivo com que a Grécia é geralmente conotada. Pelo jogo feito e pelo resultado conseguido. Mas os números de golos sofridos e marcados mostram médias de uma seleção que, de facto, não marca muito e é poucas vezes batida. Nos 40 jogos de Fernando Santos, a Grécia marcou golos à média de 1,25 por jogo e sofreu à média de 0,675.

Mas a maior caraterística desta atual seleção grega parece estar com a idade. O jogador grego mais novo em campo – e entrou a partir do banco e tem 24 anos: Samaris. O mais velho é o bem conhecido Karagounis que celebra as 131 internacionalizações com 36 anos – para onde caminha também Katsouranis.

A média de idades da seleção helénica que defrontou a Roménia é de 29 anos e meio. Veja-se os titulares: Karnesis (28 anos), Torosidis (28), PapastaThopoulos (25), Siovas (25), Holebas (29), Tziolis (28), Katsouranis (34), Maniatis (27), Salpingidis (32), Mitroglou (25) e Samaras (28). E veja-se os suplentes: Gekas (33 anos), Karagounis (36) e Samaris (24).

Na terça-feira, a armada grega comandada por Fernando Santos podem bater o recorde de presenças da seleção em fases finais. O jogo 41 do técnico português pode marcar também a garantia de longevidade para todos estes dinossauros do futebol com poucas razões para se deixarem extinguir.


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