Numa conferência em ritmo acelerado, uma vez que o Benfica tem voo de regresso a Lisboa marcado ainda para esta noite, Fernando Santos recusou a ideia de que o facto de ter deixado Nuno Gomes no banco em Bucareste tenha sido um «castigo» pelos poucos golos que o avançado tem oferecido à equipa.
«Não é castigo nenhum! Quem é que disse que era castigo? O jogo foi quatro dias depois do jogo com o Nacional e entendi refrescar o ataque, mas na segunda-feira (frente ao P. Ferreira) o Nuno está de regresso à equipa», referiu irritado com a pergunta.
Nuno Gomes chegou a entrar no jogo para o lugar de Miccoli numa substituição que não agradou em nada ao italiano que deixou bem evidente o seu descontentamento no relvado do Dínamo. «É natural. Quando se está a ganhar por 2-1, com o jogo controlado, é natural que não quisesse sair sem marcar um golo. Não há nenhum caso, ele é assim...», referiu.
O treinador recusou ainda a ideia de que o Benfica tenha passado por dificuldades na primeira parte, apesar do Dínamo ter chegado a igualar a eliminatória. «Só tivemos dificuldades nos dez minutos que se seguiram ao golo do Dínamo. Antes disso tivemos situações claras para fazer golos, incluindo uma de seis par um que não conseguimos concretizar. Depois do golo, o Dínamo, naturalmente, cresceu», destacou.
Fernando Santos transmitiu confiança aos jogadores ao intervalo e pediu-lhes tranquilidade. «Disse aos jogadores que tínhamos de jogar com tranquilidade, de trocar a bola e sabia que facilmente íamos dar a volta ao resultado», acrescentou.
O próximo adversário, nos oitavos-de-final, será o Paris Saint-Germain, mas Fernando Santos preferia defrontar o AEK de forma a ajustar contas com a sua antiga equipa que bateu o Benfica (3-1) num jogo da pré-temporada. «Tenho pena de não jogar com o AEK, até para rectificarmos aquele jogo do início da época, mas jogar em Paris também vai ser importante para os adeptos», comentou.