A Comissão de Ética da FIFA iniciou formalmente uma investigação ao dirigente do Qatar Mohamed bin Hamman por alegadas irregularidades cometidas quando presidia a Confederação Asiática de Futebol, informou nesta sexta-feira o organismo que rege o futebol mundial.
O presidente do órgão de ética da FIFA, Michael J. Garcia, abriu o processo de investigação duas semanas depois de suspender provisoriamente Bin Hamman de qualquer atividade relacionada com o futebol, por um período de 90 dias.
A abertura de uma investigação foi a resposta da FIFA à decisão tomada pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) a 19 de julho, que permitiu ao dirigente do Qatar ganhar o apelo contra a irradiação do futebol por alegadamente ter comprado votos na corrida contra Joseph Blatter para a presidência da FIFA.
O TAS, com sede na Suíça, anulou a suspensão decretada pela FIFA por falta de provas, mas não inocentou Bin Hamman das acusações de corrupção, motivadas pela denúncia de dois dirigentes de Trinidad e Tobago, segundo os quais o ex-dirigente lhes ofereceu perto de 32.500 euros durante uma visita de campanha, em maio de 2011. Bin Hamman, de 63 anos, sempre negou quaisquer irregularidades, alegando que Sepp Blatter ajudou a orquestrar o escândalo para garantir a vitória nas eleições para a presidência da FIFA.