Guarda-redes

Nascido em 28/2/42

Jogou entre 1961 e 1983. 

TRÊS RAZÕES PARA VOTAR 

1. Aos 40 anos foi o capitão da selecção italiana que em 1982 surpreendeu toda a gente, conquistando o Mundial de Espanha. Fez defesas fantásticas, vingando-se da opinião pública do seu país, que tinha passado os dez anos anteriores a chamar-lhe velho. 

2. Vinte e dois anos de carreira ao mais alto nível valem o que valem. Ou seja, isto: um título mundial de selecções (1982), um Campeonato da Europa (1968), participação em quatro campeonatos do Mundo (de 1970, onde foi suplente, a 1982), seis campeonatos e duas Taças de Itália e uma Taça UEFA. Records pessoais: 570 jogos na série A, 112 internacionalizações, 1.143 minutos consecutivos sem sofrer golos na baliza da selecção italiana. 

3. Percursor de uma nova maneira de encarar o posto de guarda-redes. Com estilo sóbrio e elegante, fair-play a toda a prova, e uma autoridade serena, começou a desmentir a ideia (muito corrente na década de 70 e 80) de que todos os guarda-redes tinham uma grande pancada

E TRÊS RAZÕES PARA NÃO VOTAR 

1. A defesa à cabeçada de Sócrates no último minuto do Itália-Brasil (1982). Foi magnífica, mas impediu que a melhor equipa dos últimos 30 anos conquistasse o título a que tinha direito. 

2. Não teve a lucidez para encerrar a carreira após a final do Campeonato do Mundo, em 1982. Em consequência, jogou mais uma época perfeitamente desnecessária, durante a qual foi um dos responsáveis pelo ausência da Itália do Europeu 1984, pela derrota da Juventus na final na Taça dos Campeões e pela perda do título italiano para a Roma. 

3. Fiel à velha tradição italiana, mandava os defesas resolver todos os cruzamentos para a sua área, sendo alérgico às saídas. Consta que em 22 anos de carreira nunca foi visto a mais de metro e meio da linha de golo.