Um em cada dez jogadores de futebol já foram aliciados para viciar resultados. Essa é a conclusão de um estudo elaborado pela FIFPro (Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol) em países do leste europeu.

Foram inquiridos 3357 jogadores de Bulgária, Rep. Checa, Croácia, Grécia, Hungria, Cazaquistão, Montenegro, Polónia, Rússia, Sérvia, Eslovénia e Ucrânia, sendo que 11,9 por cento assumiu já ter sido aliciado para viciar resultados. E 23,6 por cento destes jogadores pensa mesmo já terem existido resultados viciados nos respetivos campeonatos.

«A nossa experiência sugere que a corrupção não começa no jogador. O nosso foco deve estar na causa e não no sintoma», defendeu Brendam Schwab, presidente da FIFPro Ásia, numa conferência realizada na Malásia e organizada pela INTERPOL.

Mas a viciação de resultados não é o único tema a preocupar o sindicato internacional de jogadores profissionais: o estudo já referido indicou também que 41 por cento dos jogadores não recebe a tempo, sendo que 5 por cento espera mais de seis meses pelo salário; um em cada seis jogadores é colocado a treinar à parte, como forma de pressão para rescindir ou renovar contrato; um em cada nove jogadores foi vítima de um ato violento no clube, sendo mais de metade com adeptos; mais de dez por cento dos jogadores sofreu «bullying» e um em cada dez foi vítima de racismo e discriminação.