Está à experiência no Varzim Edmar Garcia, um médio ofensivo de 23 anos, que tem dupla nacionalidade australiana e portuguesa. Até aqui nada que o distinga. A notícia é que Edmar é filho de Vata.
Nascido na Póvoa de Varzim, o jovem jogador tem um percurso de vida marcado pela carreira do pai. Começou a jogar na Indonésia, para onde o antigo futebolista angolano, que se deu a conhecer em Portugal no Varzim, se mudou depois de jogar pelo Benfica.
Depois, formou-se jogador na Austrália, para onde o pai Vata se mudou. Foi aí que Edmar cumpriu o ensino secundário, antes de trocar um curso universitário de design gráfico pelo sonho de jogar no futebol europeu.
«Também gostava de fazer história, como o meu pai. Se fizesse metade do que ele fez, já era muito bom», afirmar Edmar à agência Lusa, que conta a sua história. «Determinado» a afirmar-se na Europa, o jovem conta que o pai é a sua «grande influência» e reconhece que a oportunidade na Póvoa se deve ao «respeito» que Vata deixou por lá.
«O meu pai conta muitas histórias do seu período em Portugal, mantém boas amizades e recordações», conta, para depois dar a sua visão da história mais famosa associada a Vata: o golo ao Marselha na meia-final da Taça dos Campeões Europeus de 1988/89.
«Até hoje, ele diz que não marcou contra o Marselha com a mão», conta Edmar, que se assume um «adepto fanático do Benfica» e naquele dia assistiu a tudo em directo: «Estava no estádio nesse dia e nunca o vi tão cheio.»