Abram alas para o Mónaco, o fenómeno não abranda. Quatro golos ao Nantes no duelo entre treinadores portugueses na Ligue 1 que fechou a noite de domingo, magia de Bernardo Silva e 82 golos marcados em 28 jornadas de campeonato, 2.92 de média por jogo. Mais do que qualquer outra equipa nas grandes Ligas, mano a mano com o Barcelona nas contas globais da temporada: os catalães levam 122 golos marcados, mais um que a equipa de Leonardo Jardim, Bernardo e Moutinho.

O Barcelona marcou cinco ao Celta Vigo, numa jornada de futebol internacional que teve muitos, antes daquela que será uma semana decisiva para alguns dos protagonistas na Liga dos Campeões. Antes de mais para o Barça, mas também o Borussia Dortmund, além do Nápoles, que conseguiu uma grande vitória na Serie A antes de receber o Real Madrid a tentar dar a volta à eliminatória. O Arsenal foi a única das equipas que jogarão esta semana na «Champions» a perder.

Mas voltemos ao Mónaco. O desafio era manter a vantagem de três pontos na liderança e o Mónaco começou a resolvê-lo logo aos quatro minutos, numa jogada que deu o tom para o melhor do jogo. Bernardo Silva a criar, a bola a sobrar para Mbappé, o prodígio adolescente do Mónaco, fazer o primeiro dos seus dois golos da noite.

Não ficou por aqui, o terceiro golo seria outra vez criação do talento de Bernardo.

O Mónaco apenas terá a decisão da Champions frente ao Manchester City, depois da derrota por 3-5 na primeira mão, na semana que vem. Mas o Barcelona tem encontro marcado com o PSG já na quarta-feira. Se os parisienses resolveram o compromisso desta jornada, frente ao Nancy, com uma vitória por 1-0, os catalães deram show.

O Barça entrou em campo já depois de o Real Madrid garantir que não se atrasaria mais, ao despachar a visita ao Eibar com uma vitória por 4-1. Sem Cristiano Ronaldo nem Gareth Bale, brilhou Benzema, um bis do francês a abrir.

Pois bem, seguia-se o Barcelona receção ao Celta Vigo, o primeiro jogo depois de Luis Enrique ter anunciado que sairá no final da época. Messi a abrir e a fechar a goleada (5-0), pelo meio um grande golo de Neymar e o Barça no ponto certo para tentar já na quarta-feira algo que seria inédito na história das competições europeias: virar um 4-0.

O Barça que ganhou todos os jogos desde aquela derrocada em Paris, marcando dez golos nos últimos dois: antes destes 5-0, 6-1 ao Sp. Gijón. Perfeito para alimentar pelo menos a ilusão, como disse Luis Enrique no final: «Se tivesse de escrever um guião para lançar o nosso jogo com o PSG, seria o dos últimos dois jogos com muitos golos e uma equipa cada vez mais confiante.»

A outra grande goleada da ronda entre as grandes Ligas da Europa foi do Borussia Dortmund. Um 6-2 ao Bayer Leverkusen, bis de Aubameyang e um golo de Raphael Guerreiro a fechar, uma enorme demonstração de força antes da receção ao Benfica, que chega a Dortmund na quarta-feira a defender a vantagem de 1-0 trazida da primeira mão. Com três vitórias em outros tantos jogos depois da Luz, a má notícia para o Dortmund chegou com a lesão de Reus. http://www.maisfutebol.iol.pt/alemanha/borussia-dortmund/b-dortmund-goleia-mas-perde-reus-antes-de-receber-o-benfica

O Bayern Munique, que na terça-feira recebe o Arsenal do alto da goleada por 5-1 na primeira mão dos oitavos da Champions, foi a Colónia buscar uma tranquila vitória por 3-0 e reforçou para sete pontos a vantagem na liderança da Bundesliga, face ao empate do RB Leipzig.

Bem mais agitada a jornada em Inglaterra, ainda à espera que entre em campo o líder Chelsea, o que apenas acontecerá nesta segunda-feira, frente ao West Ham. Começou logo com o Manchester United, travado em casa pelo Bournemouth, que interrompeu uma série de seis vitórias seguidas para Mourinho e uma onda de recuperação. Pelo meio um penálti falhado por Ibrahimovic, que além disso deu que falar muito para lá do jogo por causa das cenas em que se envolveu com Tyrone Mings. Ambos arriscam três jogos de castigo.

De resto, o Liverpool conseguiu finalmente um bom resultado, vitória clara no clássico com o Arsenal. E já neste domingo Tottenham e Manchester City conseguiram vitórias importantes. Os Spurs bateram o Everton, 3-2 com mais um bis de Harry Kane, e o City foi ganhar ao terreno do Sunderland por 2-0, com Kun Aguero a abrir caminho para a vitória.

O Tottenham está por agora a sete pontos do Chelsea no segundo lugar e o City a oito, mas também com menos um jogo, que será frente ao Manchester United. Na luta pela permanência, o Hull City de Marco Silva foi perder a casa do campeão Leicester, que continua a recuperação depois da saída de Claudio Ranieri. O Hull é penúltimo, quatro pontos abaixo da linha de água. Vida difícil por aí também para outro treinador português entre os grandes campeonato da Europa. Rui Almeida voltou a empatar com o Bastia ao segundo jogo, é também penúltimo na Ligue 1.

A jornada de futebol internacional teve também a líder Juventus a perder pontos, um empate a uma bola na visita à Udinese para o adversário do FC Porto na Liga dos Campeões. Mas no fim das contas a Juve ganhou terreno na frente, porque a Roma perdeu o jogo grande da ronda, frente ao Nápoles. Outra equipa que ganhou moral antes de uma decisão da Champions onde ter de dar a volta a um resultado desfavorável: o Nápoles perdeu a primeira mão com o Real Madrid no Bernabéu por 3-1, a decisão será já nesta terça-feira.

O fim de semana teve ainda momentos complicados para o Olympiakos de Paulo Bento, André Martins e Diogo Figueiras, com o autocarro alvejado à chegada a Salónica e uma derrota em campo que no entanto mantém vantagem folgada na frente da Liga grega, sete pontos para o Panionios.

O fim de semana teve ainda campeão no Rio, num Flamengo-Fluminense à antiga para decidir a Taça Guanabara, o título da primeira volta do campeonato carioca.

Antecedido de muita polémica e na iminência de ter de sair do Rio ou jogar-se com «torcida única», o clássico Fla-Flu acabou por se jogar mesmo no Engenhão com adeptos das duas equipas e teve seis golos, três para cada lado. Acabou por se decidir nas grandes penalidades, 4-2 a favor do Flu. Com «fair play» entre os dois rivais.