Antes do desporto, a violência: a vergonha espalhada sobre um relvado de futebol transformado em campo de batalha.

Aconteceu na Córsega.

O Olympique Lyon, que já a meio da semana havia vivido no seu estádio confrontos dos seus adeptos com os do Besiktas – o que motivou o atraso em jogo da Liga Europa – foi agora alvo da ira dos ultras do Bastia.

Um adepto invadiu o relvado e provocou os jogadores do Lyon, desencadeando cenas lamentáveis durante os exercícios de aquecimento do jogo da jornada 33 da Liga Francesa.

Ao intervalo, novas cenas de pancadaria envolveram também o guarda-redes português Anthony Lopes, que teve de escapar de três adeptos.

O jogo seria suspenso a partir deste momento, mas nem assim as condições de segurança foram garantidas, a ponto de a comitiva lionesa ter ficado retida após o jogo no estádio, o autocarro foi bloqueado à saída e teve de regressar ao recinto até serem garantidos os mínimos de segurança.

Cenas lamentáveis mancharam um fim de semana no futebol francês em que o Mónaco – de Jardim, Bernardo e Moutinho – manteve a liderança e o PSG à margem de segurança de três pontos graças a uma reviravolta caseira frente ao Dijon com Falcao, esta época renascido das cinzas, a entrar a meia hora do fim bem a tempo de ser decisivo.

A vingança de Mourinho

Atravessando o Canal da Mancha, na Premier League, o domingo de Páscoa foi doce para José Mourinho, que teve direito a uma pequena vingança sobre a sua antiga equipa e frente a Antonio Conte. Curiosa a celebração do Special One após o jogo. Mourinho saiu de campo a apontar para o emblema do Manchester United.

Os Red Devils, que depois de um mau arranque levam agora 22 jogos consecutivos sem perder na Premier League, venceram o Chelsea em Old Trafford por 2-0 num jogo em que os Blues foram completamente dominados, a ponto de terem tido registo negativo com quase dez anos: não acertaram um remate na baliza em 90 minutos, algo que não acontecia desde setembro de 2007!

Mais: Mourinho pode agora dizer que venceu todas as 34 equipas que já defrontou na Premier League ao longo da sua carreira – faltava-lhe o outrora seu Chelsea, que agora viu reduzir-se a margem na liderança para «apenas» quatro pontos sobre o Tottenham, quando faltam seis jornadas para o fim.

Real salvo por Isco em vésperas do Superclássico

Na Liga Espanhola as distâncias não se encurtaram em vésperas de Superclássico: três pontos a mais e um jogo a menos para o Real Madrid, que recebe no próximo fim de semana o Barcelona.

Neste, o Barça (com André Gomes a titular) venceu com dificuldades inesperadas a Real Sociedad em Camp Nou, num resultado feito na primeira parte, com Messi a bisar e a isolar-se na liderança da Bota de Ouro, com 29 golos – para lamento do sportinguista Bas Dost.

Lionel Messi bisou frente à Real Sociedad

Em Gijón, um Real Madrid sem BBC (num jogo em que Fábio Coentrão foi titular) quase perdeu pontos. Porém, Isco foi uma espécie de Messi merengue e com um jogo assombroso bisou em cima do minuto 90, arrancando uma vitória a ferros (3-2), que mantém margem de conforto na frente.

Alemanha e Itália: penta e a hexa à vista

Na Bundesliga, houve notícia: o Bayern de Munique não venceu. Os bávaros (com Renato Sanches uma vez mais a não sair do banco) não foram além de um nulo em Leverkusen. Ainda assim, têm uma vantagem de oito pontos para o RB Leipzig quando faltam disputar cinco jornadas. Na Alemanha cheira a penta, portanto.

E em Itália cheira a hexa para a Juventus, que pela segunda jornada consecutiva voltou a resolver um jogo com um bis de Gonzalo Higuaín. Tal como acontece na Bundesliga, na Serie A o campeão em título e líder tem o perseguidor mais direto (neste caso, a Roma) a oito pontos a seis jornadas do final.

Feita a revista dos principais campeonatos europeus, a Liga dos Campeões segue dentro de momentos. Terça e quarta-feira ficaremos a conhecer os quatro semifinalistas.