Final fantástica a selar o novo poder alemão no futebol europeu. É melhor que nos habituemos a ele.

No primeiro duelo decisivo para a Champions totalmente germânico, o Dortmund parecia ter asas para surpreender (fez uma primeira parte atrevida e dominadora), mas a maior experiência do Bayern fez a diferença na hora certa.

Num excelente jogo de futebol, muito físico no geral, mas também técnico quando teve que ser, houve boas ocasiões,

momentos de tensão, picardias, mas sobretudo viu-se atitude.

Atitude de campeão, dos dois lados. Ganhou o Bayern, mas se a glória tivesse recaído do lado do Borussia, também seria justo.

Destemido, Jurgen Klopp ordenou que os seus jogadores abrissem hostilidades. Os primeiros minutos foram suficientes para que percebêssemos que esta não seria uma final demasiado tática.

Respeitando a audácia do adversário, o Bayern chegou a ser encostado às cordas. Mas foi, paulatinamente, recuperando os galões e já terminou a primeira parte a dominar.

O intervalo fez bem aos bávaros. Apareceram, no segundo tempo, mais organizado, mais arrogantes, mais dominadores.

O Dortmund não se assustou demasiado. Teve sempre em Reus um atleta poderoso, capaz de arrancar para o perigo. Em Lewandowski um ponta-de-lança temível, apto a disparar para o golo a qualquer momento (ou não tivesse ele cometido a proeza de marcar quatro-golos-quatro ao Real Madrid num só jogo).

Mas a agulha começava a virar-se para o poderia bávaro. O Bayern fez jus ao favoritismo e abriu a contagem, numa belíssima jogada de ataque, concretizada por Mandzukic, corria o minuto 60.

Final decidida? Nem pensar. O Borussia não demorou a reagir e, de grande penalidade, Gundogan restabeleceu a igualdade.

Cheirava a prolongamento, mas o Bayern mostrou que queria mais o triunfo nos 90. Fez por isso, ameaçou, e chegou, com mérito, ao 2-1. Robben, dourando uma exibição notável, levou o poderoso conjunto de Heynckes ao céu. Justo.