Por: Rita Pereira

Despedido do comando técnico do Vilaverdense, o treinador Zé Nuno Azevedo compareceu no treino da equipa acompanhado de elementos da GNR para «garantir que não era acusado de abandono do posto de trabalho». Em causa está a ausência de um comprovativo de despedimento.

Em conversa telefónica com o Maisfutebol, Manuel Leão, presidente do Vilaverdense, garante que «no início da época, o Zé Nuno Azevedo fez um acordo de que andaria nos primeiros lugares da tabela classificativa».

Os maus resultados levaram a que, na passada segunda-feira, Zé Nuno Azevedo fosse despedido do comando técnico do clube minhoto. Nesse dia, o treinador já não orientou o treino da equipa.

O técnico de 44 anos explicou ao Maisfutebol que o Vilaverdense «não se dispôs a confirmar legalmente o despedimento». O presidente dos minhotos confirma que a rescisão foi «apenas verbal e não escrita».

Na sequência do despedimento, Zé Nuno Azevedo optou por comparecer no treino da equipa na manhã de quarta-feira, «na companhia de agentes da GNR», assume. «Queria ter um comprovativo de que tinha sido despedido, para depois não ser acusado de abandono do posto de trabalho», justifica. Zé Nuno Azevedo afirma ainda que não obteve o comprovativo, mas agora tem «uma prova testemunhal da autoridade».

«O clube faz o documento de rescisão, mas apenas paga ao treinador o salário deste mês e recusa-se a pagar a indemnização», garantiu Manuel Leão, alegando que o técnico «não cumpriu os objetivos definidos no contrato».

Ao Maisfutebol, Zé Nuno Azevedo afirmou que o caso está «entregue ao advogado da Associação Nacional de Treinadores» e espera que a situação se resolva rapidamente, porque «é tudo menos positiva».