Um dia depois de anunciar que o Mundial de Fórmula vai passar a contar com o Grande Prémio de Valência, Bernie Ecclestone continua a fazer surpresas e quer agora que uma corrida nocturna em Singapura, também em circuito citadino, passe a fazer parte do calendário.
«Singapura vai ser o líder das corridas citadinas à noite», assumiu o patrão da F1, citado pela BBB, confessando o «entusiasmo com a ideia». Mas a questão da segurança já foi levantada pelo ministro para o Comércio e Indústria local.
«Faremos uma corrida nocturna apenas se a segurança e as exigências operacionais de todas as partes forem cumpridas em pleno. Se não, passamos para uma corrida durante dia», garantiu S Isaran.
O piloto Mark Webber já se manifestou também a respeito da segurança necessária para fazer uma corrida nocturna com carros que não têm faróis.
«A potência das luzes que seria necessário para iluminar o local permitindo a visibilidade dos condutores, comissários de pista e outras funcionalidades seria tremenda», assegurou o piloto da Red Bull.
Não é que Webber descarte a ideia, mas há muitas condições para cumprir. «Penso que é concretizável, mas então há a questão da chuva ou de um blackout que poderia causar embaraços não estando feito o trabalho de casa»», analisou o australiano.
E se esta inovação parece ainda estar na sua génese, o GP de Valência já passou de novidade a polémica. As afirmações de Ecclestone de que a concretização do futuro GP da Europa estava dependente da vitória do candidato do PP, Fracisco Camps, nas eleições do governo regional valenciano escandalizaram os partidos espanhóis da oposição local.
As palavras do dono da F1 foram consideradas «um insulto», «falta de respeito» e de «cultura democrática», infelizes e preocupantes». Ecclestone apressou-se a despreocupar dizendo que tinha sido mal interpretado e apenas tinha significado que «não formalizaria o contrato antes das eleições» por não saber «com quem será assinado».