A Federação Internacional de Automóvel (FIA) acusou as sete equipas que se recusaram a disputar domingo o Grande Prémio dos EUA de Fórmula 1 de «terem cometido um ou mais actos que prejudicaram os interesses e a imagem da competição e do desporto automóvel em geral».
A FIA apresentou esta terça-feira às escuderias a acusação formal, antes de uma audiência marcada a 29 de Junho, deixando antever eventuais sanções para as equipas equipadas com pneus Michelin, que se recusaram a correr no domingo o Grande Prémio dos Estados Unidos.
As acusações contra a Renault, McLaren-Mercedes, Williams-BMW, BAR-Honda, Toyota, Red Bull e Sauber-Petronas foram feitas em cartas enviadas às equipas, onde a FIA defende que os donos das equipas «falharam ao não assegurar que teriam pneus apropriados», acusando-os ainda de terem, «de forma errada, impedido os carros de correrem a prova» e de «recusarem que os carros competissem sujeitos a uma restrição de velocidade numa curva como seria seguro para os pneus que tinham disponíveis».
Há ainda uma acusação mais geral de que as equipas «combinaram entre si para fazer uma demonstração prejudicando a imagem da Fórmula 1, ao recolherem às boxes antes do início da corrida», bem como pelo facto de não terem informado os comissários do Grande Prémio das suas intenções.
Os problemas começaram na sexta-feira, quando um pneu do Toyota do alemão Ralf Schumacher rebentou na curva 13, o que levou a Michelin a admitir que os seus pneus traseiros esquerdos não suportariam a totalidade da prova e a pedir uma mudança extra de pneus, recusada pela FIA. A marca tentou ainda convencer a FIA a introduzir uma chicane nessa curva, mas também essa proposta foi negada.
Apenas correram seis pilotos, das equipas «calçadas» com pneus Bridgestone ¿ Ferrari, Jordan e Minardi. O alemão Michael Schumacher foi primeiro, seguido pelo brasileiro Rubens Barrichello, seu companheiro de equipa na Ferrari. O português Tiago Monteiro terminou na terceira posição.