A cidade de Libreville, no Gabão, é sinónimo de tragédia para o futebol da Zâmbia. O repto, agora, é esquecer um dos episódios mais negros do futebol daquele país africano com a conquista da CAN 2012, precisamente na mesma cidade, frente à Costa do Marfim.

CAN2012: resultados e calendário

A história remonta a Abril de 1993. A Zâmbia estava na fase final da caminhada para o Mundial dos Estados Unidos, que parecia mais perto que nunca. Depois de um jogo no Gabão, uma tragédia que extinguiu toda uma geração de futebolistas. O avião militar andou pouco mais de um quilómetro até cair no oceano Atlântico. As 30 pessoas que estavam a bordo, incluindo o seleccionador Godfrey Chitalu e 18 jogadores, morreram.

O Mundial acabou por ficar a um ponto de distância. No ano seguinte, na CAN, a equipa ficou no 2º lugar. Seguiram-se duas décadas onde os zambianos praticamente desapareceram do universo futebolístico.

No palco da tragédia, o reerguer. Os jogadores do plantel actual prestaram homenagem numa praia local às vítimas da tragédia, o que agradou a Kalusha Bwalya, presidente da Federação da Zâmbia. Era o capitão da selecção de 1993 mas não estava no avião, por ter tomado um voo particular, organizado pelo clube, o PSV Eindhoven.

«Estou muito feliz por termos chegado à final. Eles sonharam com isto, são uns heróis. Agora sonham levar a glória para o nosso país», resumiu Bwalya, em declarações à BBC. Uma vitória seria uma homenagem à geração perdida naquele trágico voo que partiu do Gabão.