O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol divulgou, nesta terça-feira, o segundo relatório bimestral da sua atividade (8 de agosto a 8 de outubro), que antecipa um aumento do número de processos mas promete também «respostas céleres e determinadas».

«Não será difícil antever que uma ação disciplinar que prima pela presença potenciará (logicamente) um maior número de incidentes disciplinares a exigir, de todos, respostas céleres e determinadas», lê-se no documento assinado pelo presidente José Manuel Meirim.

Com esta postura mais ativa, o CD reserva «a esperança de que, no futuro, este agir conduza à obtenção de um efeito preventivo com a subsequente diminuição da prática de infrações disciplinares».

O relatório defende que a celeridade nem sempre é a desejável, sobretudo quando se tratam de processos disciplinares comuns, pois «em nome de diversos valores, desde logo o da investigação (...) e da garantia da defesa do arguido há que respeitar todo um procedimento que se torna, inevitavelmente, mais moroso».

Essa celeridade «ganha-se ou perde-se exatamente na fase de instrução», daí que o relatório aplauda a criação da Comissão de Instrução Disciplinar da Federação Portuguesa de Futebol, destinada às competições não profissionais.

O Conselho de Disciplina assume ainda que tem procurado «tornar mais compreensível a narrativa decisória», tentando que os textos tenham «maior rigor, incluindo a nível formal», sendo que o plano passa pela «criação de uma base de dados dessas decisões».

Em jeito de balanço regista-se ainda que a Secção Não Profissional conseguiu reduzir o número de processos a aguardar decisão do Conselho de Discplina (de treze para nove), mas os processos em fase de instrução aumentaram (de 24 para 32), por força da instauração de 24 novos processos.

Na Secção Profissional também aumentaram os processos em fase de instrução (de 24 para 32, uma vez mais), com a instauração de dez novos processos.