Uma das referências ofensivas da seleção portuguesa de sub-17 que prepara o Europeu da categoria, José Gomes nasceu na Guiné Bissau e apenas se mudou para terras lusas com 13 anos. O jovem avançado esteve a treinar no Sporting, mas acabou por ir viver para o Seixal, tornando-se uma das maiores promessas da formação benfiquista.

«Já tinha jogado um torneio internacional aqui, onde fiz boas exibições. O meu pai não queria que eu viesse, mas a minha mãe, que vive em Portugal, disse que era uma oportunidade única para eu fazer aquilo que mais gosto na vida. Fiz captações no Sporting, mas desde que vim vivi sempre no Seixal, que era o que eu desejava. Tenho de agradecer ao Benfica», recordou o avançado, em declarações reproduzidas pelo site da Federação Portuguesa de Futebol.

José Gomes lembrou também as saudades de casa que teve nos primeiros tempos em Portugal, mas explicou que «depois tudo ficou mais fácil». «As condições são excelentes e estou completamente adaptado, quer ao clube, que gosta muito de mim, quer à seleção nacional», afirma o avançado, que tem os objetivos bem definidos: «Quero ser um jogador de patamar superior. Quero jogar na equipa principal do meu clube e na Seleção Nacional.»

Com um total de 28 internacionalizações e 16 golos, José Gomes assume-se «um finalizador», mas faz questão de dizer que é «acima de tudo um jogador de equipa». «As grandes equipas é que fazem os grandes jogadores. Não são os grandes jogadores que fazem as grandes equipas. O trabalho é fundamental, muito mais do que o talento», afirmou.

A uma semana da partida para o Azerbeijão, país anfitrião do Campeonato da Europa, o avançado promete que a seleção portuguesa vai jogar «olhos nos olhos contra qualquer equipa». «Pessoalmente até gostava de encontrar de novo a Alemanha», arrisca, recordando a goleada sofrida na preparação para a Ronda de Elite (0-5).

«Não tenho qualquer espécie de rancor, mas não fiquei convencido com aquele jogo. Certo é que vamos dar o nosso máximo no Euro2016», reforça.