O ex-seleccionador francês, Raymond Domenech, reclama 2,9 milhões de euros de indemnização à Federação Francesa de Futebol (FFF), por considerar que o seu despedimento, depois do Mundial da África do Sul, foi ilegal.

«É inconcebível pretender resolver uma crise colectiva com o despedimento de uma só pessoa», disse o advogado de Domenech, Jean-Yves Connesson, em declarações ao LÉquipe.

O advogado considerou a actuação da FFF «humilhante, brutal, tardia e em violação das disposições fundamentais do código de trabalho». «Vamos reclamar os salários que teria que receber durante o aviso prévio, uma indemnização a que tem direito e um montante adicional relativo a danos sofridos», resumiu o advogado.

A Federação alega que Domenech tinha cometido uma infracção grave. Em primeiro lugar por não informar os seus superiores de que Nicolas Anelka o havia insultado no balneário durante o intervalo do jogo contra a México. Os outros dois motivos foram a leitura, pelo então seleccionador, de uma declaração dos jogadores depois de se recusar a treinar, em resposta às críticas à selecção, e por se recusar a apertar a mão ao treinador da África do Sul, Carlos Alberto Parreira.