«Por mais que possa gostar muito do Boavista, também gosto muito de mim»

Sérgio Conceição já tinha escalpelizado o triunfo do V. Guimarães sobre o Boavista por 2-1. Faltava ouvir a análise de Petit. Passaram 10, 15, 20 minutos e nenhum sinal do técnico axadrezado. Meia hora depois, o hiato tinha explicação. Mais de três anos depois de ter regressado ao Boavista – primeiro como jogador, depois como jogador/treinador e, depois, como treinador – estava na hora de colocar um ponto final na missão.

«Por mais que possa gostar muito do Boavista, também gosto de mim», disse Petit com voz embargada.

O técnico garantiu que a saída na génese da saída não esteve o desaire com a formação minhota. «É algo pessoal, que tem a ver comigo. Já tinha esta decisão tomada há alguns dias.»

Fim da linha para Petit, que já vinha a ser contestado há várias semanas por uma franja de adeptos do Boavista. Esta foi a quarta saída de um treinador na Liga 2015/16, depois de Armando Evangelista (V. Guimarães), José Viterbo (Académica), Vítor Paneira (Tondela) e antes de Ivo Vieira, que está com os dias contados à frente do Marítimo.

Segue-se Erwin Sánchez, que já foi oficializado para o comando técnico dos axadrezados. Um nome que dispensa apresentações e que ajudou a escrever, tal como Petit, algumas das melhores páginas da história do Boavista.