José Peseiro: «Nesta altura, qualquer erro dá em golo»

Uma hora de jogo e o FC Porto vencia confortavelmente o União da Madeira por 2-0. Cinco minutos bastaram para que o jogo ficasse empatado… Os dragões passaram por dificuldades para conseguirem arrancar a ferros um triunfo em casa diante de uma equipa que luta pela manutenção.

Podia ser um caso isolado, mas tornou-se hábito este tipo de fragilidades defensivas – em contraponto com a capacidade conseguir dar a volta a resultados negativos.

Com José Peseiro, o FC Porto tornou-se numa equipa bem mais permeável defensivamente. Em sete jornadas na Liga sob o comando do novo técnico os dragões sofreram 12 golos (uma média de 1,7 golo por jogo), quase três vezes mais do que com Lopetegui, que em 16 jornadas sofreu apenas 10 golos (média de 0,6 golos por jogo).

A gritante falta de opções, sobretudo no eixo da defesa, outros desequilíbrios na construção do plantel, uma equipa em crise de confiança e o risco maior que o novo treinador assume no seu jogo ajudam a encontrar algumas explicações.

Ainda assim, é caso para sentar o dragão no divã e fazer-lhe várias sessões de psicanálise. Peseiro quer fazer a sua parte e no final da partida falou sobre o «relaxamento da equipa».

«Os meus jogadores também sentem que as mudanças na equipa não dão a mesma tranquilidade. Não sei até que ponto eles não pensam: “Está 2-0, o importante é não sofrer”. Mas nessa circunstância o importante era ter a bola. Não está em causa a qualidade dos atletas, mas sim o facto destes atletas não jogarem habitualmente juntos».