Quem assiste aos jogos da U. Leiria já deve ter reparado: sempre que entra em campo, Freddy concentra-se de tal modo no jogo que o seu semblante fica bastante carregado. Aquilo que se costuma chamar «cara de poucos amigos».
O Maisfutebol falou com o jogador leiriense para saber as razões da «cara que mau» que mostra sempre que joga. «Faz parte da minha atitude de vida e está presente em cada desafio. Tenho um espírito guerreiro. Eu sou mesmo assim», explicou.
«Sei que essa cara intimida os meus adversários. Eles percebem que eu não estou para brincadeiras e por isso nunca me faltam ao respeito e nunca vêm para cima de mim», disse Freddy, atribuindo essa «cara de poucos amigos» também à concentração com que encara cada partida, «seja contra que adversário for».
O que poucos sabem é que a inspiração para esse espírito guerreiro foi encontrada na literatura. Um livro cujo nome o jogador já esqueceu, mas que lhe foi indicado por Pietra, seu ex-treinador: «Nesse livro, um grupo de guerreiros ia encontrar outro grupo, que estava em superioridade numérica. Iam num barco e o rio estava com crocodilos, mas mesmo assim eles não se deixaram intimidar e mostraram que não temiam nem o adversário nem qualquer perigo. Para mim foi uma lição de vida que nunca mais esqueci».
Meio a sério, meio a brincar, Freddy fez questão de esclarecer: «Sou mau, mas não sou maldoso e nunca fui expulso em toda a minha carreira». Ora aí está um bom exemplo, do que mais vale parecê-lo do que sê-lo.