Frederico Varandas considera que têm de ser os sócios do Sporting a decidir que rumo pretendem para o clube depois dos acontecimentos verificados na Academia de Alcochete há mais de uma semana.

«Assisti nos últimos meses a uma degração do estado geral do Sporting. (...) O que peço é que seja dada voz aos sócios do Sporting Clube de Portugal. Acho que este é o momento mais negro da história do Sporting, sem dúvida alguma. Se não for dada voz [aos sócios] neste momento, quando é que será? É a minha questão», afirmou à TVI o médico, que se demitiu nesta quinta-feira das funções de diretor clínico do futebol dos leões e disse estar disponível para se candidatar à presidência do clube.

Frederico Varandas entende que é necessário virar a página. «Assisti a um romper entre sócios, adeptos e profissionais. Depois, assisti ao impensável: haver esse corte entre os próprios adeptos. Abriram-se frestas e considero o Sporting necessita de paz, de união, e não vejo o Dr. Bruno de Carvalho com essas capacidades», destacou, antes de recordar os acontecimentos do passado dia 15, quando entre 40 e 50 pessoas entraram na Academia de Alcochete e agrediram jogadores e equipa técnica.

«Estive no epicentro do problema e fiz o que me competia fazer na altura. Já vivi dias piores, sim, mas aquele foi um dia terrível. O que mais me custou não foi a parte física: foi ver o Sporting chegar a este ponto de perda de dignidade», rematou.