Os norte-americanos têm como poucos a noção do espectáculo. A NBA e as ligas de futebol americano e basebol têm sempre os estádios cheios e não se podem dizer que tenham poucos motivos de interesse. É óbvio que para os europeus aqueles jogos esquisitos, de regras estranhas, são de entendimento mais difícil, mas a verdade é que showtime é uma palavra muito americana. É que no desporto são tudo menos conservadores, sobretudo se os formos julgar pela nova invenção: a Lingerie Football League, que combina velocidade e violência com roupa interior.

A quem arregalou os olhos no fim do parágrafo anterior, fique sabendo que é um desporto muito a sério. Cada jogadora veste as cores da sua equipa e exibe as habituais pinturas de guerra que os profissionais do sexo masculino têm por baixo do capacete. Estão protegidas ainda por uma semi-armadura em cima dos ombros e pouco mais, não se sabendo se a lingerie é ou não almofadada...

A Liga foi ideia da Horizon Productions para um programa de televisão, com o objectivo de competir com a final da Superbowl. Agora, transformou-se em desporto. Há dez equipas inscritas, e os nomes apelam à elevada competitividade que há em campo: San Diego Seduction (a sedução de San Diego) ou Dallas Desire (o desejo de Dallas) por exemplo.

Cada jogadora cobra 40 mil euros por encontro. Os criadores estão a tentar levar já o evento à Europa, especialmente a Inglaterra, ao Canadá e à Ásia. Não haverá qualquer diferença entre a Liga Lingerie e o jogo original. Em campo estão atletas, «sem medo de correr ou de partir uma unha», garantiu o porta-voz Kyle Bolin. Noventa por cento das jogadoras que chegam ao casting são modelos. Sim, mas com larga experiência a... vestir lingerie.

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