Muito sucintamente, um comentário às declarações de Carlos Queiroz na TVI a propósito de Cristiano Ronaldo e do seu papel na seleção.

Diz Queiroz, mais coisa menos coisa, que a abordagem é feita com Cristiano Ronaldo à cabeça e a equipa atrás, quando deveria ser uma equipa à frente e Ronaldo como mais-valia.

Ora bem: contra a Alemanha Ronaldo jogou bem, foi um esforçado elemento da equipa e com um pouco de sorte Portugal poderia não ter perdido (não quer dizer que não o tenha merecido). Contra a Dinamarca Ronaldo desesperou os portugueses com falhanços pouco habituais nele e ainda assim a equipa (com a ajuda dele) ganhou. Contra a Holanda apareceu a tal mais-valia: Portugal ganhou e Ronaldo brilhou como só brilham as estrelas.

Agora expliquem-me, como se tivesse cinco anos, onde é que o percurso de Portugal desde o apuramento para este Europeu (fase final incluída) foi desenhado com "Ronaldo à cabeça e só depois uma equipa".

Acusem Paulo Bento de tudo, menos de atirar as responsabilidades dele e do coletivo para cima de um, dois ou três jogadores.

*Editor TVI

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