Quando Portugal entrou em cena no Europeu, poucos acreditariam que iria discutir o apuramento para os quartos-de-final.

Mas aconteceu e, não só aconteceu, como esteve bem pertinho de ser histórico novamente.

Diante da superfavorita Inglaterra, as portuguesas sabiam desde o início que a tarefa de seguir em frente era hercúlea, mas isso não as impediu de sonhar.

No jogo do tudo ou nada, a entrada de Portugal não podia ter sido pior, contudo. Patrícia Morais teve um descuido imperdoável a este nível e ofereceu de bandeja o primeiro golo do encontro à Inglaterra, ainda o relógio não tinha chegado aos 10 minutos.

A entrada em falso fez mossa no marcador, mas nem tanto na mentalidade da equipa das quinas, que conseguiram ir para a frente e chegar à igualdade dez minutos depois.

A abertura de Cláudia Neto para Diana Silva foi genial, e Diana serviu Carolina Mendes ao segundo poste, para o golo do empate.

A primeira parte foi pautada pelo equilíbrio, pese embora algum ascendente natural das inglesas.

FILME DO JOGO

Ao intervalo, e contra todas as expectativas, Portugal estava apurado para os quartos-de-final, face à derrota da Espanha diante da Escócia.

O segundo tempo começou, por isso, com relativo otimismo no lado português. Mas depressa se esvaneceu.

O regresso dos balneários trouxe uma equipa novamente adormecida e a Inglaterra aproveitou para se colocar de novo em vantagem.

Nikita, numa jogada individual, fez o segundo golo da equipa britânica.

Portugal tentou reagir e ainda causou alguns calafrios, mas foi a Inglaterra que sempre se mostrou perigosa, na tentativa de procurar o tento da tranquilidade.

O resultado no outro jogo permanecia inalterado e o apuramento estava à distância de um golo apenas, algo que motivava as portuguesas, por um lado, mas abria espaços lá atrás.

Com os «quartos» ali tão perto, Francisco Neto apostou todas as fichas no ataque. Os minutos finais foram, por isso, de grande insistência portuguesa.

No último lance da partida quase se gritou golo, mas a guarda-redes britânica agarrou com segurança e arruinou as esperanças lusas na obtenção do empate. A Espanha acabou por perder, pelo que faltou um bocadinho apenas.

Portugal disse assim adeus ao Europeu de futebol feminino, mas a participação lusa deixou indicadores muito interessantes e que deixam antever coisas boas no futuro.

Tratou-se, portanto, de um adeus, mas um adeus que soou a até já.