Terminou a batalha jurídica entre os organismos que tutelam o futebol (FIFA e UEFA) e os principais clubes europeus, membros do extinto G-14 e actualmente parte da recém-formada Associação Europeia de Clubes (ECA), anunciou esta terça-feira, em Genebra, o presidente da nova instituição, Karl-Heinz Rummenigge.
Apesar de os ex-G-14 terem desistido dos processos instaurados, a ECA lembrou que as controvérsias que ficaram por solucionar não cairão no esquecimento e que a FIFA continuará a ser pressionada, nomeadamente no que concerne ao calendário internacional e às quotas para jogadores estrangeiros.
A mais relevante das queixas a cair por terra envolvia o Charleroi da Bélgica, que exigia à FIFA uma compensação financeira por um jogador que ficou fora dos relvados oito meses devido a uma lesão sofrida ao serviço da selecção. «O famoso caso Charleroi foi arquivado na passada semana e outros similares foram-no sendo entretanto», adiantou Rummenigge.

«Tem havido uma resposta positiva por parte da FIFA desde a fundação da ECA, há seis meses. E penso que o encerramento destes casos é um sinal de que a família do futebol está no caminho certo», defendeu, ainda, a antiga estrela do Bayern Munique e da selecção alemã.
Recorde-se que a UEFA e a FIFA acordaram, recentemente, compensar as equipas cujos jogadores fossem convocados para campeonatos da Europa e do Mundo. O Euro-2008 é a primeira competição em que tal acontece, com os clubes a receberem quatro mil euros por cada dia que um atleta seu esteja em prova.