Juan Carlos Garrido foi bem claro ao dizer, na conferência de imprensa de antevisão do encontro com o F.C. Porto, que ficou «perturbado» com a notícia do jornal Marca, que fala de um alegado jantar entre dirigentes do F.C. Porto e o árbitro Bjorn Kuipers, que esteve no encontro da primeira mão, ganho pelos dragões por 5-1.

«A notícia perturbou-me e surpreendeu-me. É pouco ético, não deveria acontecer. Todos estamos a trabalhar e é preciso algum cuidado. Para ir jantar na cidade há as férias. No hotel também se janta bem. Claro que depois de uma notícia dessas, vamos rever o jogo e vemos que há um penalty não existe, dois ou três cartões por mostrar a jogadores do F.C. Porto, na primeira parte, e a falta de um dos golos é precedida de uma outra falta de Hulk sobre Catalá», diz Juan Carlos Garrido.

O tema dominou grande parte da conversa com os jornalistas. O técnico reconhece que o árbitro «tem o direito de errar», mas que, com esta notícia, já desmentida pelo F.C. Porto, «seja verdade ou não», se vem levantar uma «suspeição», até porque o penalty de Falcao foi «o detalhe que mudou o jogo». Ainda assim, Garrido deixa bem claro: «Creio que, no Porto, nós errámos mais que o árbitro. Não estou a tentar justificar nada no árbitro.»

Tridente para a «remontada»

Polémicas à parte, o Villarreal acredita que pode conseguir em casa a «remontada» que dará o acesso à inédita final. «Temos um resultado muito adverso, mas temos de ter convicção que conseguimos e uma forma de jogar ofensiva. Temos de ter esse espírito de «remontada». Tivemos muitos erros na primeira mão e temos de solucionar isso, fazendo um bom jogo e ganhando 4-0 para seguir para a final», afirmou.

Garrido considera que estarão em campo «as duas melhores equipas da Liga Europa» e alude ao pecúlio do Villarreal para sustentar a crença. «Estamos a fazer uma prova brilhante, onde eliminámos equipas fortes de grandes Ligas europeias. Tem sido uma caminhada difícil, mas talvez o passo mais difícil seja o último passo», anteviu.

O técnico promete um Villarreal «agressivo e ambicioso» e, a comprovar, adiantou que os três avançados da equipa (Rossi, Nilmar e Marco Ruben) vão jogar de início. «Temos de jogar com os nossos melhores jogadores, com os mais ofensivos. São os jogadores que mais marcam e queremos que participem ao máximo no jogo», justificou.