Gelson Martins diz que quer tornar-se uma referência no Sporting. Em entrevista ao Record, esta quarta-feira, o extremo dos leões falou da ascensão em Alvalade e também do seu passado, repartido entre outras modalidades.

«Antes de jogar futebol fazia atletismo. Convidaram-me para ir fazer uma corrida no [Desportivo] Operário do Rangel, na Amadora. Frequentava o clube todos os dias, treinava e aos fins de semana tinha competições. Comecei bem, eles incentivaram-me e disseram-me que podia continuar, porque tinha futuro, e foi o que fiz. Até ganhei provas, e fiz várias. Guardo os troféus em casa»

«Jogava muito futsal e destacava-me, porque é um jogo de fintas curtas. Era como o futebol que eu jogava na rua e, por isso, gostava. Já estava no meu terceiro ano no Fofó (Futebol Benfica) quando surgiu essa oportunidade. Como era para jogar no Sporting, isso motivou-me. E já tinham ido para lá amigos»

«O meu treinador e o presidente é que me convenceram a continuar no futebol. Treinei, até fiz um torneio e uns jogos pelo futsal do Sporting, só que depois, quando chegou a hora, eles não me deram a carta [de desvinculação] para eu ir, porque achavam que eu tinha qualidade para continuar no futebol de onze (...) fiz várias posições na formação, lateral, médio-interior, médio-centro, ponta de lança. A lateral-direito foi onde fiz metade da época no meu último ano de juniores (...)», revelou o agora internacional português.

Gelson aponta ainda os nomes de Ronaldo e Nani como referências e manifestou o desejo de ser convocado para o Mundial pela seleção portuguesa.

«Para mim chegar ao topo dos topos era ser uma referência, como Nani e Ronaldo. Trabalhar para isso. E afirmar-me na Seleção (...) Fui muito bem recebido por todos, de maneira espetacular. Integraram-me bem no grupo e eu gostei de me sentir integrado (...) Fui praxado, tive de cantar. Já não sei o nome mas foi uma música portuguesa conhecida. Fui ver a letra ao telemóvel [risos]»

«Tem sido bom trabalhar com Fernando Santos, ajudou-me muito. Disse-me para estar confiante, para não ter medo de fazer o que eu faço no Sporting (...) Gostava de ser convocado para o Mundial. Tenho de trabalhar no Sporting para ser opção na Seleção. O primeiro objetivo é estar lá, depois tudo pode acontecer», sublinhou.

Para já, o extremo diz que o objetivo é ser campeão no Sporting, mas recusa replicar as palavras de Adrien Silva, quando disse que só sairia de Alvalade quando vencesse o título.

«Um dos objetivos que tenho é ganhar o título no Sporting. Não quero sair antes, sem ganhar um título de campeão nacional. Mas não sabemos o dia de amanhã. Não posso dizer isso», vincou.