Uma das decisões mais duras de José Mourinho foi dispensar alguns jogadores, que, assim, não vão fazer parte do plantel da próxima época. O grupo de trabalho só vai ter 25 elementos, pelo que muitos tiveram de ficar de fora.

O treinador do F.C. Porto fez questão em deixar-lhes uma palavra de apreço na introdução que efectuou à primeira conferência de imprensa da temporada. «A decisão quanto aos jogadores que não fazem parte do lote de trabalho é da minha inteira responsabilidade. A administração da SAD pôs à minha disposição todos os jogadores com contrato, sem nenhum tipo de restrição e eu tomei as decisões. Essas escolhas também surge como consequência da minha filosofia de trabalho», referiu.

Sabendo-se que Mourinho costuma alimentar uma certa relação pessoal com os atletas é natural que certas decisões não tenham sido fáceis, como o próprio reconhece: «Algumas escolhas foram complicadas, até do ponto de vista afectivo. Custou-me muito deixar de fora alguns atletas, como o Pavlin e o Fredrick, pelo que fizeram no ano passado, em que tiveram um comportamento profissional excelente para comigo, para além de nos terem ajudado a atingir os nossos objectivos. Também posso citar o exemplo do Folha, que conheço há oito anos, quando entrei aqui pela primeira vez e também teve de ficar de fora». Ibarra e Pena não foram referidos no discurso.

Estes são jogadores por quem tem «o maior respeito», por isso vai tentar criar-lhes as melhores condições para poderem trabalhar, a partir do dia 8 de Julho, quando se apresentarem ao trabalho. «Esses jogadores vão ter o maior respeito, por isso vão trabalhar com um treinador da equipa principal, em espaços compatíveis com os jogadores profissionais. Vamos pensar em criar as melhores condições também para resolver as suas situações da melhor forma», disse.