Era uma espécie de match-point para garantir a manutenção, em que cada equipa podia chegar, em caso de vitória, ao número mágico: 30 pontos. Era… mas não foi.

Vencer é um hábito que Paços e Arouca foram perdendo ao longo desta segunda volta. Se os pacenses já vinham de um mau registo de uma derrota e quatro empates, os arouquenses tinham um ainda pior: sete derrotas.

Era este o cenário à entrada de um duelo de quase aflitos que durou cinco minutos a ser agitado. O Arouca até parecia ter entrado mais afoito, mas na tarde soalheira da Mata Real foi sol de pouca dura.

PAÇOS-AROUCA, 1-1: filme do jogo

Foi o Paços a adiantar-se no marcador, quando Marco Baixinho subiu no terreno para criar um desequilíbrio, passou a Welthon, que, com a classe que lhe assiste, pôs Ricardo Valente na cara de Bolat. 1-0 e estava dado o mote para uma primeira parte em que o Paços encostou o Arouca às cordas e esteve muito perto de fazer o segundo.

Como num lance de Medeiros, por exemplo, em que este rematou para as mãos de Bolat, depois de uma jogada primorosa de Welthon – quem mais? – que sobre a esquerda deixou três adversários pelo caminho.

O Paços não marcou e quase sofreu, já que o Arouca acordaria ainda antes do intervalo, com um estrondo na barra… Sami aproveitou uma raríssima falha de marcação de Baixinho para, com espaço, à entrada da área rematar fortíssimo ao ferro.

O Arouca começou a segunda parte tal como acabou a primeira. Kuca entrou em campo (para o lugar de Sami) para agitar as águas no flanco direito e, além desse foco de perigo, os arouqenses foram ganhando o meio-campo. Foi nesta toada que André Santos chegou ao empate: passe de Kuca na esquerda e Santos colocou a bola com primor à entrada da área.

PAÇOS-AROUCA, 1-1: destaques

A igualdade estremeceu o Paços, que reagiu pelo talento de Welthon, claro está, e pela velocidade do setor ofensivo do seu meio-campo. Esbarrou quase sempre em Bolat e teve uma ponta de azar.

Já perto do final, Welthon quase fez um golo de levantar o estádio ao fazer a bola rasar a trave na sequência de um livre a 30 metros.

Não chegou para vencer num jogo com alguns lances duvidosos decididos pelo árbitro Nuno Almeida, como um derrube de Jubal a Bruno Santos, que seguia isolado para a baliza do Arouca, no lance imediatamente anterior ao empate.

O resultado ainda assim é justo. Um golo e um ponto para cada lado. 28 pontos para cada equipa na classificação e a manutenção ali tão perto.

No dia em que o Paços comemorou 67 anos – completados na última quarta-feira – com os seus adeptos o presente mais desejado vai ter de esperar.