Rivaldo (BRASIL)

Médio

Nascido em 10/4/72

Começou a carreira em 1991 

TRÊS RAZÕES PARA VOTAR 

1. Uma Copa América (1999) marcada pelo seu estilo seco e objectivo: conduziu o Brasil à vitória sagrando-se melhor jogador e marcador de uma competição recheada de craques. Ganhou a Bola de Ouro de 1999, que o consagrou melhor jogador do Mundo nesse ano, sem grande contestação. A juntar a isso, um campeonato brasileiro, duas Ligas de Espanha, uma Taça do Rei, uma Supertaça Europeia e mais tudo o que ainda está por vir... 

2. Uma personalidade determinada, que lhe permitiu sair de uma vida de miséria, ultrapassar um início de carreira recheado de dificuldades e atingir fama, fortuna e glória num dos meios mais competitivos e exigentes da sociedade actual. Reza a lenda que um dia chegou a fazer 20 quilómetros a pé para ir a um treino, porque não tinha dinheiro para pagar o autocarro. Pode não ser verdade, mas é desta matéria que se fazem os sonhos. E os campeões.  

3. O seu confronto com Van Gaal simboliza uma luta eterna entre o talento e a disciplina, a técnica e a racionalidade. No futebol, talvez mais do que em qualquer outra actividade, os primeiros argumentos às vezes ganham. E é tão bom assistir a essas excepções... 

E TRÊS RAZÕES PARA NÃO VOTAR 

1. Não marcou o século, nem sequer se pode dizer, em bom rigor, que tenha marcado uma década. Apenas três anos. Os últimos do século, é verdade. Mas a natural deformação de perspectiva em relação ao que é próximo não nos faz perder a certeza de que é indisfarçavelmente pouco.  

2. Não marca mais golos do que Pelé, não dribla melhor do que Garrincha, não é mais eficaz na marcação de livres do que Zico, não é mais rápido do que Ronaldo. E não se integra em qualquer esquema táctico conhecido, se não estiver para aí virado. 

3. Joga de cara séria, raras vezes se lhe vê uma explosão de alegria, mesmo quando marca golos sensacionais. Às vezes parece cumprir a obrigação de ser grande. Dêem-se-lhe as voltas que se queiram dar, não tem e nunca terá o carisma dos imortais. Está na fronteira entre o excelente e o fabuloso, mas nunca irá passar para este lado.