Gilberto Madaíl foi ouvido durante cerca de quatro horas pelos juristas responsáveis pelo processo instaurado pelo IND a pedido da Comissão Nacional Anti-Dopagem (CNAD), depois de a Liga ter arquivado dois processos de doping.

No final, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) defendeu a posição das instâncias futebolísticas. «Todos sabem qual é a posição da Fedeação. Continuamos a achar que agimos correctamente. A conversa foi longa porque houve vários temas que foram debatidos e tanto nós como os juristas ficaram esclarecidos», afirmou Madaíl, citado pela agência Lusa.

O dirigente não pôde ser acompanhado por um jurista da Federação, porque o IND considerou que este não era um inquérito jurídico mas de âmbito administrativo, e teve por isso de responder sozinho aos três juristas responsáveis pelo processo, José Sá Fernandes, Fernando Frazão e João Ataíde. Mas no final disse que comprendeu os motivos.

Os responsáveis do IND e do CNAD contestaram a posição da Federação nos recentes casos de nandrolona e nomeadamente no arquivamentos dos processos de Marco Almeida e laelson. Madaíl lembrou ainda que a FPF decidiu suspender preventivamente os jogadores.

Os casos foram depois arquivados pela Comissão Disciplinar da Liga, que considerou não haver dados suficientes que permitissem concluir se os níveis atingidos pelos jogadoers podiam ser produzidos pelo organismo.

Do inquérito em curso está pendente a perda do estatuto de Utilidade Públcia pela FPF, mas Madaíl afasta esse cenário. «Não me passa pela cabeça que isso possa acontecer. Para retirarem o estatuto tem que ficar muito bem provado qeu houve da nossa parte uma omissão grave, uma prática continuada de ilegalidades», afirmou, acrescentando que a FPF apenas se regeu pela «independência e competência técnica dos órgãos responsáveis».

Depois de Madaíl outros elementos da FPf e da Liga devem ser ouvidos no âmbito do inquérito, que não tem ainda data de conclusão prevista.