O futebol não é dos casos que mais preocupação gera ao Conselho Nacional de Anti-Dopagem (CNAD). A percentagem de amostras positivas entre os controlos efectuados, tendo em conta valores do ano 2000, é de apenas 1,01 por cento. 

A modalidade com mais casos confirmados é o culturismo, que em 2000 acusou oito situações positivas em 12 controlos efectuados. Uma percentagem preocupante de 66,67 por cento, valor, no entanto, muito afectado pela baixo número de controlos verificados. 

Há problemas também em desportos como o automobilismo (15,79 por cento, correspondentes a três casos em 19) ou o boxe (7,14%, um caso em 14). É de registar o facto de a esmagadora maioria das modalidades não ter registado qualquer caso positivo no ano passado. No futebol, houve um total de 1183 amostras e 12 casos positivos. 

Em função destes números, o CNAD elaborou uma classificação de modalidades por grupos de risco, ranking essencial para estabelecer o Plano Nacional de Antidopagem. Há três grupos de risco. No grupo A, o de maior incidência, temos o Culturismo, o Atletismo, o Automobilismo, o Basquetebol, o Boxe, o Ciclismo e o Futebol; no grupo B, o Andebol, a Canoagem, o Futebol de Salão, o Halterofilismo, o Judo, o Karaté, o Kickboxing, as Lutas Amadoras, o Motociclismo, a Natação, a Patinagem, o Hóquei em Patins, o Pentatlo Moderno, o Remo, o Rugby, o Taekown-Do, o Ténis, o Triatlo, a Vela, o Voleibol e o Desporto para Deficientes. No grupo C, o de menor risco, estão um grupo de 29 modalidades.