Jorge Costa, treinador do Farense, em declarações após a vitória por 1-0 sobre o Tondela:

«Está a ser um ano atípico, cheio de surpresas. Aquilo que disse no final do jogo do [Estádio do] Dragão, reafirmo hoje: há coisas que controlamos e aquilo que controlamos são os nossos jogos. Vamos lutar até à exaustão pelos pontos que estão em disputa e depois, no final, é uma questão de se fazer contas. As contas não estão fáceis. Há aqui vários cenários. Mas o nosso foco será o Santa Clara e lutar pelos três pontos. Se for suficiente para termos o Farense na próxima época na I Liga, excelente. E mais não podemos fazer.»

[Sobre a vitória por 1-0]

«Já fizemos jogos fantásticos, com qualidade técnica, em que fomos para casa a zero. Hoje, na parte técnica, não foi um jogo bem conseguido. Mas na parte da entrega, vontade, dedicação, espírito de sacrifício, ‘nota 20’. Jogámos contra uma equipa que já tem os seus objetivos conseguidos. Portanto, descontraídos, com boa qualidade técnica, com mais bola que o Farense. Isso explica de forma fácil: houve um certo bloqueio mental dos meus jogadores, que se explica pela situação na tabela, pela margem de erro que é zero. Portanto, não tivemos capacidade de controlar o jogo de outra forma. Fomos bem organizados defensivamente e, mesmo com pouca bola, tivemos mais oportunidades flagrantes do que o Tondela. O Tondela teve mais bola e volume de jogo, mas parece-me claramente que tivemos mais oportunidades e podíamos ter feito golo noutras situações. Resumindo: muito orgulhoso dos jogadores, essencialmente porque não desistimos, não vamos desistir. Temos mais, 92, 93, 97 minutos até final de campeonato e temos de fazer o nosso. E vamos fazê-lo.».

«Este clube merece ficar na I Liga, este clube tem adeptos fantásticos. A demonstração de carinho e apoio dos adeptos, não só hoje mas em todos os jogos, esta demonstração de que o Farense é um clube de uma cidade e de uma região. Deixem-me só dedicar esta vitória aos adeptos, que foram incansáveis em todo o percurso até chegarmos ao estádio, por todo o apoio que nos têm dado. E também é por eles que vamos lutar até ao fim.»