O hotel do Sporting em Malmö recebeu esta quarta-feira uma visita inesperada que criou alguns embaraços, mas que segundo o médico Gomes Pereira foi tratada com a máxima discrição. É que a Brigada de Narcóticos sueca foi informada de uma seringa encontrada num quarto de um jogador leonino e o médico teve de prestar alguns esclarecimentos. Tudo se resolveu, mas a UEFA vai ser informada do sucedido.

«Aquilo que aconteceu é que uma empregada encontrou uma seringa devidamente acondicionada, num saco de plástico dentro de um cesto. Segundo as regras do hotel, quando isto acontece os empregados são obrigados a chamar a brigada», começou por contar Gomes Pereira. «Chegaram no hotel à civil, levaram-me para uma sala e esclareci porque razão tinha utilizado a seringa. Eles ficaram satisfeitos e foram embora, dizendo apenas que teriam de avisar a UEFA desta situação.»

A seringa foi encontrada no quarto de Anderson Polga, mas o médico garantiu que não foi utilizada no defesa brasileiro, escusando-se a adiantar o nome do jogador que levou a injecção. «Estas situações são absolutamente normais. Há medicamentos que são administrados por injecção e por isso tudo isto é normal», referiu Gomes Pereira. «Trata-se de um processo banal. Sempre que é encontrada uma seringa num quarto, os agentes da autoridade têm de ser informados e foi o que aconteceu. Isto foi rigorosamente o que aconteceu», sustentou. «Eles não vão lá por causa do doping, mas devido aos narcóticos. São substâncias legais e não há quaisquer problemas. Mostrei a minha carteira de médico e disse-lhes porque utilizei a seringa.»