Em três meses de Fiorentina, Nuno Gomes fez cinco golos: dois para o campeonato, três na taça. Sabe que a soma não impressiona, mesmo porque tem por hábito jogar ao lado de Leandro, autor de soma idêntica conseguida em cinco jogos consecutivos da Série A, os únicos em que o brasileiro pisou o relvado. Pode, contudo, argumentar com um estilo que cresceu nos últimos meses na Luz. Nuno deixou de ser apenas um goleador. «Isso já se notava no Benfica», concorda. Agora também assiste para golo. «Quando não se pode marcar, dá-se o golo a outro. Sou um jogador de equipa», insiste. 

Não foge à responsabildade ou, sequer, à especialidade que o distinguiu ainda no Boavista. A atracção pela baliza é forte demais para que possa resistir. «As pessoas esperam que eu faça golos», reconhece, sem esforço. Sem rodeios, confessa a intenção: «O que quero é fazer o maior número de golos, afirmar-me internacionalmente como um goleador». Ainda que a possibilidade de «ajudar a equipa» seja suficiente para o realizar. E servir os golos em bandeja a Leandro não o incomoda. «É um jogador excelente», observa. Ainda assim, não está a vê-lo sagrar-se o melhor marcador do Calcio. «Sinceramente, é difícil». Reconhece-lhe competência, mas crê que será mais fácil lá chegar numa equipa mais forte. 

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