Vítor Oliveira relaciona as suspeitas de corrupção no futebol português, nomeadamente na II Liga, com a situação financeira que vivem os clubes, incluindo vários meses de salários em atraso. O treinador que acaba de subir o D. Chaves à Liga insiste também na ideia de que a Liga deveria assegurar que apenas participem nas provas profissionais os clubes que cumpram as orbigações.

«Caso se prove que há corrupção e que a hipótese da alteração de resultados é real, então as pessoas devem ser severamente punidas. É importante que se reflita sobre isso. Uma das razões mais importantes para este fenómeno tem a ver com os salários em atraso. Há clubes que não pagam há dois, três meses e os jogadores, com responsabilidades ao fim do mês, ficam mais frágeis», disse o técnico, à margem do Congresso Internacional de Futebol, na Maia.

«Acompanho tudo isto com muita tristeza. Espero que nada se prove contra estas pessoas. O futebol não precisa disto», defendeu o técnico, reagindo à detenção, no sábado de 15 pessoas por suspeitas de manipulação de resultados de jogos da II Liga, as quais começam a ser ouvidas hoje em Lisboa em primeiro interrogatório judicial. O técnico considerou ainda imperativo «que a Liga tome medidas, para que só participem nos campeonatos profissionais os clubes que cumpram com todos os critérios».