O Barcelona confirmou o favoritismo e voltou a vencer o Manchester City, num jogo em que só marcou um golo, é verdade, mas fez de Joe Hart o melhor em campo.
 
O que diz muito, claro.
 
Na verdade Joe Hart foi até melhor do que Lionel Messi, sendo que Messi foi realmente muito bom. O que diz ainda mais, claro.

Confira a ficha de jogo e o relato ao minuto
 
O Barcelona, sobretudo na primeira parte, dominou como quis o jogo. Teve a posse de bola, atacou a baliza inglesa e criou várias oportunidades para marcar.
 
O Manchester City voltou a acusar uma espécie de complexo de inferioridade: trata-se de um crónico candidato ao título em Inglaterra que não consegue ter a mesma força na Europa. Perante uma das melhores equipas do mundo, acumulou erros individuais.
 
Sobretudo na primeira parte, quando o Barcelona quis efetivamente jogar à bola e resolver a eliminatória, foi confrangedor ver como uma equipa de craques se tornou vulgar.
 
Sem capacidade para estender o jogo no relvado, perdeu consecutivamente as bolas divididas, acumulou passes errados e deixou até que os jogadores do Barcelona se divirtissem com túneis embaraços: Messi fez dois (Kolarov e Fernandinho) e Neymar um (Fernandinho). Túneis daqueles que arrancam aplausos das bancadas.


 
É verdade que tudo isto mudaria na segunda parte, nessa altura o City conseguiu por fim chegar à baliza catalã, mas é verdade também que nessa fase já era um Barça de gestão.
 
Antes disso, convém dizê-lo, surgiu o único golo do encontro. Numa jogada em que Messi recebeu antes da linha de meio campo, foi esticando o jogo, esticando, esticando, até que parou e serviu Rakitic do outro lado do campo, para o croata marcar num chapéu perfeito.
 
Para além desse golo, houve duas bolas aos ferros, a primeira por Neymar e a segunda por Luis Suárez, e três bolas às malhas laterais (duas de Messi e uma de Neymar).
 
O resultado ao intervalo era por isso simpático para o Manchester City.
 
Na segunda parte, já se disse, as coisas mudaram um pouco, o Barcelona conteve-se porque no fim de semana há um clássico com o Real Madrid e o Manchester City aproveitou para crescer, tendo muito futebol perto da área adversária.
 
Nessa altura criou uma boa oportunidade por Jesus Navas, ameaçou marcar em remates de fora da área de Yaya Touré e Bony e desperdiçou até um penálti: Piqué fez falta sobre Kun Aguero dentro da área, o mesmo Aguero rematou para defesa de Ter Stegen.
 
O Barcelona, mesmo em contenção, nunca deixou de sair em contra-ataque e construiu oportunidades para criar uma goleada embaraçosa. Nessa altura valeu, lá está, Joe Hart.
 
Incrível, fantástica, admirável exibição do guarda-redes.


 
Sozinho, no cara a cara com Jordi Alba, Messi (duas vezes) e Neymar (também duas vezes), o guarda-redes parou cinco golos certos do Barcelona. Foi ele o responsável, no fundo, por o Manchester City sair de Camp Nou com um resultado decente.
 
Só não conseguiu evitar a eliminação: previsível, claro.
 
Só falta dizer que com a eliminação do Manchester City, o poderoso futebol inglês ficou sem representantes nos quartos de final da Liga dos Campeões. Quem diria, hein?