Bruno Paixão, o árbitro de Setúbal que no passado sábado apitou o encontro entre a Académica e o Imortal (2-1), é acusado de atentado ao pudor. A queixa parte de duas agentes da PSP de Coimbra, destacadas para policiar o encontro, que garantem que o árbitro passeou no balneário sem roupa, perante o olhar incrédulo das mulheres-polícia. 

Segundo declarações do delegado distrital de Coimbra da Associação Sócio-Profissional de Polícia (APP), Pedro Caridade, Bruno Paixão «passeou, todo nu, dentro do balneário, exibindo ostensivamente por quatro ou cinco vezes as partes íntimas».  

«Cada vez que a porta do balneário se abria, para a entrada de delegados ao jogo, Bruno Paixão expunha-se deliberadamente para as polícias, exibindo os órgãos sexuais», acrescentou Pedro Caridade, em declarações à agência Lusa. 

Mas as acusações a Bruno Paixão não ficam por aqui. Segundo a PSP de Coimbra, o árbitro terá dito ainda ao comandante no local que poderia dispensar os serviços dos agentes masculinos, mas as duas mulheres-polícia poderiam ficar. 

Perante a insólita situação, as duas agentes expuseram o caso ao comando distrital de Coimbra e podem mesmo apresentar uma queixa-crime contra o árbitro de Setúbal, de 26 anos. 

Em comentário a toda a polémica, Bruno Paixão garante que não ofendeu ninguém e adianta mesmo que, caso seja apresentada uma queixa por atentado ao pudor, avançará ele próprio com um outro processo em tribunal, por difamação. O caso segue agora para investigações.