As negociações entre Sporting e Barcelona acabaram por conhecer esta terça-feira um final muito pouco feliz. Pelo menos para Jardel, que vê assim expirar a segunda baixa psiquiátrica de 15 dias - termina dia 24 - sem conseguir encontrar um clube no estrangeiro para prosseguir a carreira.

Mas o que falhou no negócio? O Barcelona não quis pagar pouco mais de cinco milhões de euros pelo brasileiro, pretendendo um empréstimo de um ano com direito de opção, isto depois de ter apresentado uma proposta com números um pouco mais baixos. Uma opção no valor de seis milhões de euros (os restantes seis milhões de euros do passe pertencem ao brasileiro), a accionar no final desta época. O Sporting colocou como ponto de partida para as negociações uma verba um pouco acima dos cinco milhões de euros (um milhão de contos), mas pretendia ainda contar com um futebolista do plantel do clube catalão por empréstimo. Dani era o alvo, mas o avançado espanhol não aceitou. Também o plantel do Barcelona tem excesso de não comunitários e Van Gaal teria de abdicar de um dos atletas com esse estatuto. Geovanni era o dispensável, mas também não quis sair.

Ao longo de todo este processo negocial, os dirigentes da SAD do Sporting sempre acreditaram que Jardel poderia ficar em Alvalade. Ao recusar a proposta do Barcelona, os «leões» continuam a pressionar o futebolista e, por consequência, os seus representantes, sempre vistos em Alvalade como os principais responsáveis pela situação. O braço-de-ferro continua e brevemente poderá chegar-se a um ponto de ruptura. Para que lado, só o tempo o dirá.