Mário Jardel era claramente o jogaador do Sporting mais abatido nesta noite de domingo, após o empate a um golo frente ao Benfica, em Alvalade, e a consequente impossibilidade de festejar o título nacional.

«Não jogámos nada. Parecia que nós é que éramos o Benfica, a jogar em contra-ataque na nossa casa. Estou muito triste. Queria estar aqui na euforia, a abrir garrafas de champanhe como fiz nos títulos pelo Porto. Vai ser difícil dormir de cabeça inchada. Hoje não jogámos um bom futebol e o empate foi um óptimo resultado para o que fizemos. É inexplicável o que aconteceu», referiu o avançado brasileiro, que apesar de tudo apontou o seu 50º golo da época, centésimo do Sporting.

O penalty convertido, contudo, soube-lhe a pouco: «Foi um golo triste, mas serviu pelo menos para evitar a derrota. Estava confiante e parti para a bola como habitualmente.»

Jardel prosseguiu os lamentos e alertou para eventuais perigos: «Mais do que nunca teríamos de ganhar hoje. O Benfica voltou a estragar a festa, mas a culpa foi nossa. O Benfica merecia a vitória, o Nélson ainda teve de fazer grandes defesas para evitar mais golos. É pena termos estado a praticar o melhor futebol do campeonato nas últimas jornadas e hoje não termos sido capazes de repetir o mesmo estilo. Acredito que vamos ser campeões, mas no futebol pode acontecer tudo, até perdermos o título. Por isso, temos de abrir o olho.»