Lazslo Bölöni, treinador do Sporting, esteve esta tarde no lançamento do livro de Mário Jardel e deixou claro que, se fosse seleccionador do Brasil, levava o avançado ao Mundial. O técnico romeno elogiou as capaciades do brasileiro, sem esquecer os seus companheiros de equipa. «Para mim o futebol será sempre onze e nunca um mais dez», começou por dizer.

Bölöni deixou claro que mantém total respeito por Felipe Scolari, seleccionador do Brasil, mas não tem dúvidas quanto às suas hipotéticas escolhas. «Isso é muito delicado. Sou treinador do Sporting e do Mário, por isso obviamente gostava que fosse ao mundial. Se não for é pena, mas tenho de respeitar a decisão do seleccionador», comentou com alguma amargura. «Durante a época tivemos preocupação de reforçar o trabalho especifivo de Jardel no sentido de aumentar as possibilidade de ser chamado», acrescentou explicando as suas razões.

«Se ele não tem lugar na selecção do Brasil, está muito perto disso. O Brasil vai ter momentos em que vai dominar os jogos e outros em que vai estar à espera do golo. É nestes que o Jardel é muito, muito útil», esclareceu.

No passado domingo, o Sporting falhou a conquista do título, adiando-a, pelo menos, por mais uma semana. O treinador romeno não desiste da luta. «O campeonato vai durar até à última jornada e, aconteça o que acontecer, o Sporting vai jogá-lo da mesma forma até ao fim», deixou claro.

Quanto ao jogo com o Benfica, o técnico romeno dispobilizou-se para fazer uma nova análise, agora mais a frio, mas sem contar tudo. «A verdade toda já sabem que raramente posso dizer. O Benfica foi forte, foi fresco, é uma boa equipa. O Sporting jogou depois do Portugal-Brasil e tinha uma grande pressão psicológica depois de dois meses de uma dura batalha pelo primeiro lugar, mas podia ter jogado melhor», referiu.

Bölöni ainda não leu o livro de Jardel, que só hoje foi posto à venda, mas já tem uma certeza. «Ainda não li, mas é uma boa propaganda para o futebol. O Jardel faz uma óptima propaganda ao futebol, quer dentro de campo quer fora dele, pela forma como se comporta socialmente», contou o técnico romeno.