Mário Jardel fez nesta segunda-feira algo que nos últimos meses não conseguira: deixar de falar sobre a selecção do Brasil.

No lançamento da sua autobiografia, que decorreu nas instalações do El Corte Inglés, em Lisboa, o avançado do Sporting foi lapidar quando a questão da presença ou não no Mundial lhe foi colocada pela milésima vez este ano: «Não falo mais da selecção, só se for convocado.»

No livro «Os Meus Segredos», à venda desde domingo passado, Jardel fala sobre as transferências falhadas para o Benfica e para o F.C. Porto, nas semanas que antecederam o ingresso no Sporting. Na conferência de imprensa que assinalou o lançamento da obra, com edição de texto do jornalista Luís Miguel Pereira, o goleador foi naturalmente questionado sobre o assunto.

A propósito do processo da Luz, Jardel reitera que foi «enganado» e garante que «tudo o que está no livro é a mais pura realidade». O brasileiro não assumiu claramente, mas deixou subentendido que o o assunto será resolvido em tribunal: «Tive prejuízos, a minha imagem ficou desgastada, a minha família tamb+em. Isso vai ser tratado, não vale a pena falar mais sobre o assunto agora.»

Em relação ao regresso iminente às Antas, Jardel fala no livro de «dois administradores» que não o quiseram. Na conversa com a Comunicação Social revelou que isso lhe foi contado «por pessoas próximas que estiveram nas reuniões».

«Pinto da Costa queria, Reinaldo Telles queria, mas os outros não. Quanto a uma alegada reunião dos jogadores no balneário, consta que houve, mas nunca se sabe o que é verdade e o que é mentira», concluiu.