A época estava a começar e nada. De volta à Turquia, a encruzilhada parecia mais cinzenta do que nunca. Então apareceu José Veiga e proposta do Sporting. No livro lançado esta segunda-feira, Jardel explica como decorreu o processo que o conduziu a Alvalade.

Marselha, França

Outra vez em França, num hotel de que a memória não guardou o nome. Toca o telefone. É José Veiga que está a caminho com uma proposta do Sporting. O dia da negociação foi «alucinante», conta. Tanto que até perdeu a vontade de assistir a tanta conversa e saiu da sala. O Sporting começou com quatro milhões de dólares e três jogadores, os turcos queriam empacotá-lo para Marselha.

O advogado de Jardel lembrou-se então de exigir garantias bancárias e o Marselha pediu dois dias. Que passaram e...nada. Na segunda-feira, nova reunião, agora em Madrid. Veiga liga-lhe e diz que está tudo bem, pode apanhar o avião para Lisboa.

Chega, vai a Alvalade, aceita pouco mais de metade do vencimento que ganhava na Turquia. É nessa altura que o Porto volta a telefonar. Quer dizer, Paulo Barbosa. Jardel nem ouve, mas a história não termina aqui. O Galatasary tinha dinheiro para pagar, mas não queria. O Sporting chegou-se à frente e resolveu o problema. Finalmente.