Nelo Vingada, treinador do Marítimo, estava resignado no final da partida que sentenciou o afastamento da equipa da Taça de Portugal, com o Nacional (1-1, 5-4 nas grandes penalidades). O técnico gostou da postura dos seus jogadores, mas lamenta que tenham deixado fugir o pássaro quando já o tinham na mão.

«Foi tudo decidido nos penalties», sintetizou Nelo Vingada. «Foi um jogo muito táctico, onde a rivalidade e a emoção se sobrepuseram à qualidade», analisou, realçando o facto de o Marítimo ter estado perto da vitória: «Fizemos um golo bonito e aparentemente tínhamos o jogo controlado. Depois, o Nacional só de cantos e de livres é que conseguiu aproximar-se do golo. E conseguiu-o.»

Nelo Vingada sublinhou que «é difícil controlar as emoções na hora em que se marcam grandes penalidades». «O Nacional acabou por ser mais feliz», admitiu o técnico do Marítimo, acrescentando que «agora há que pensar no campeonato, uma vez que na Taça já não há nada a fazer.»

Nelo Vingada disse ainda que discorda do modelo actual da competição em que a eliminatória se decide em apenas um jogo, sem hipótese de jogo de desempate e recorrendo aos penalties. «Há muitas quartas-feiras livres. Se era com intuito de reduzir os jogos, que o tivessem feito no campeonato, onde existem equipa a mais. Se tivesse ganho hoje, teria defendido o mesmo», afirmou.