A seleção sub-21 mostrou que está mais oleada do que a congénere de Itália, que vai acolher o Europeu da categoria no próximo ano.

Os comandados de Rui Jorge impuseram-se no António Coimbra da Mota por 3-2, muito graças a uns primeiros 45 minutos de bom nível e a um sincronismo quase perfeito entre Diogo Gonçalves e Diogo Jota, que castigaram com crueldade os erros primários e, acima de tudo, comprometedores cometidos pelos italianos.

FILME E FICHA DE JOGO

Há que dizer que a equipa de Luigi Di Biagio até entrou por cima, a empurrar Portugal para zona defensiva e a limitar o processo de construção da equipa das quinas, mas o golo de Diogo Jota aos 12 minutos elevou os índices de confiança nacionais e, não menos importante, começou a estabelecer um padrão daquilo que seria o melhor da tarde: o casamento entre Diogo Gonçalves e o avançado do Wolverhampton.

Os dois foram pólvora para os defesas transalpinos, demasiado nervosos quando os homens mais adiantados de Portugal lhes apareciam pela frente. Aos 19 minutos, mais um take perfeito na película protagonizada pelos dois Diogos, esta com a colaboração de Calabria, que comprometeu junto à linha de fundo e entregou a bola ao jogador do Benfica, que cruzou para a entrada de Joga na zona do segundo poste.

Portugal parecia partir para uma tarde tranquila que nem o golo de Parigini, muito consentido pela equipa das quinas, parecia abalar. Depois de uma fase inicial marcada por transições rápidas venenosas, o carrossel montado por Pêpê, André Horta, Stephen Eustáquio e Bruno Xadas começava a funcionar e, a espaços, empurrava os italianos para trás.

E o terceiro nos instantes finais da primeira parte, novamente a castigar uma falha de um defesa transalpino. Romagna comprometeu à saída da área e Xadas aproveitou o embalo para servir Diogo Gonçalves na pequena área.

Para o arranque da segunda parte, Rui Jorge trocou oito peças, mantendo apenas Fernando Fonseca, Jorge Fernandes e Ferro em campo. A qualidade técnica manteve-se inabalada, mas o coletivo ressentiu-se.

Depois do guarda-redes de Itália ter negado o quarto golo a Portugal aos recém-entrados Félix e Heriberto, os visitantes reentraram no jogo graças a um penálti cometido por Jorge Fernandes a castigar falta sobre Bonazzoli, que viria a converter o castigo máximo.

Com mexidas mais avulso, a squadra azzurra cresceu mas só carregou com a convicção que se lhes exigia nos últimos minutos do jogo. Era demasiado tarde.

Teste positivo dos pupilos de Rui Jorge, que lançou 22 dos 23 jogadores que tinha à disposição e só pode ter razões para estar otimista em relação ao futuro a curto-prazo desta geração. Há magia por aqui.