«Para lá do Marão…» Durante 60 minutos, o velho adágio popular fez todo o sentido. O Desportivo de Chaves, bem orientado e muito perigoso, colocou em sentido o tricampeão nacional.

Para a memória do campeonato fica uma jogada com duas bolas nos ferros de Ederson, por exemplo, ainda no primeiro tempo. O Benfica lá sobreviveu, às custas da mortandade espalhada por Kostas Mitroglou em mais um desvio de cabeça e do remate seco e colocado de Pizzi, ele próprio um transmontano de gema.

Ameaçada, mas atingida só de raspão, a águia saiu a voar de Chaves no primeiro lugar da Liga.

Atrás, os perseguidores do costume: Sporting, FC Porto e Sp. Braga, todos vencedores dos respetivos compromissos caseiros, embora em jogos com contornos distintos.

Mais à vontade, desta vez, a equipa de Jorge Jesus, depois da derrota de Vila do Conde. 4-2 ao Estoril-Praia, Bas Dost a confirmar os predicados que lhe são atribuídos e Gelson Martins a repetir uma exibição de alto nível.

No dérbi do Porto, o dragão de NES entrou a sofrer um golo nos primeiros minutos – ilegal, já agora -, acabou a primeira parte já na frente do marcador e a deixar boa imagem, e passou o segundo tempo no labirinto de intenções que o tem bloqueado em vários momentos.

No Minho, o Sp. Braga também esteve a perder, mas recuperou um senhor chamado Alan e lá conseguiu impor a segunda derrota consecutiva ao interessante Vitória de José Couceiro.

No sábado, a vitória do Nacional em Santa Maria da Feira revelou mais um bom argelino para o futebol português e no domingo Daniel Ramos entrou de pé direito e três pontos nas mãos. O Marítimo recebeu e venceu o aflito Tondela, último da tabela.

Resta salientar a queda dura do Rio Ave em Paços de Ferreira, após o ato heroico da semana anterior, e mais um golo de Moussa Marega, agora no dérbi Moreirense-Vitória. O maliano cedido pelo FC Porto tem cinco golos em cinco presenças.