FIGURA:
Vieirinha

Defendeu, atacou e foi decisivo na partida. Foi sobre ele a grande penalidade cometida por Rúben Neves, que colocou o Feirense em vantagem, e foram por ele protagonizadas alguns dos lances de perigo que a equipa da casa teve para fazer o segundo, como um cabeceamento aos 54’ salvo por Jose Ángel. Esteve praticamente em todo o lado e aos 90 minutos continuava a correr e a dividir cada bola como no primeiro minuto de jogo.
 
MOMENTO: 81’. Todas as fragilidades num só lance
O golo que sentenciou o resultado veio contra-corrente, é certo, mas é o espelho de todas as fragilidades defensivas que o FC Porto tem demonstrado ao longo dos últimos jogos e que voltaram a notar-se – e de que maneira – nesta noite no Marcolino de Castro. O lance do 2-0 resulta de uma mistura de azar e desconcentração: o primeiro remate de Meza é intercetado e a bola sobra para Porcellis, que havia entrado minutos antes. Perante a passividade dos centrais, o avançado do Feirense conseguiu dominar e, com Helton desenquadrado, só teve de rematar para a baliza. Um lance que mostra bem como o dragão andou perdido na Feira.
 
OUTROS DESTAQUES:
Meza

Porcellis merece destaque por entrar e marcar praticamente no primeiro lance em que tocou na bola, mas é sobretudo o venezuelano Meza quem mais deu que fazer à defensiva portista durante todo o jogo. Aos 10 minutos teve nos pés o primeiro golo, mas chegou atrasado a um cruzamento rasteiro de Kukula. Aos 81’ saiu dos seus pés o 2-0, apontado por Porcellis. E entre um momento e outro tentou visar a baliza portista num par de ocasiões e segurou os centrais portistas.
 
Varela
Esta noite jogou a 10. Ou, pelo menos, como vértice mais avançado do losango de meio-campo que Peseiro testou. Foi por ele que o FC Porto transportou o seu jogo ofensivo pela zona central do terreno. Não foi uma missão completamente falhada, até porque Varela foi o único a imprimir algum ritmo ao jogo portista na primeira parte. No entanto, por algum motivo o n.º 7 do FC Porto fez toda a sua carreira como extremo… Esta nova função não lhe assenta na perfeição, sobretudo porque lhe falta certeza de passe para atuar numa zona tão decisiva.

Suk
Muito combativo e nada eficaz. Ao terceiro jogo de dragão ao peito o avançado sul-coreano contratado ao V. Setúbal correu, lutou e quando teve oportunidade de fazer a diferença falhou sempre. O melhor exemplo disso mesmo é uma jogada aos 80’ de André Silva, que hoje o acompanhou o ataque, em que Suk é servido na perfeição e, sozinho, no coração da área remata frouxo por cima da baliza… Não é propriamente um destaque pela positiva.