A Alemanha está pela primeira vez na final da Taça das Confederações, após uma demonstração de força, talento e qualidade em Sochi. Este conjunto secundário escolhido por Joachim Low para a competição, olhado de soslaio por grande parte dos adeptos, derrotou o México e fez história. Provou também que o talento abunda nas fileiras germânicas.

Em sentido inverso, esta geração do México não vai repetir a proeza de 1999, ano em conquistou a Taça das Confederações. Segue-se agora uma disputa por um honroso terceiro lugar com Portugal.
 
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A seleção alemã, desfalcada dos seus principais artistas, viu emergir o jovem talentoso Leon Goretzka. O médio que pertence aos quadros do Schalke 04 entrou para história e fez o que mais nenhum alemão logrou conseguir. Apontou dois golos nos primeiros dez minutos de um jogo de uma fase final com a camisola alemã.

Esses dois pontapés certeiros praticamente resolveram a questão a favor da Mannschaft  sem que o México tivesse sequer entrado no jogo. De repente, a seleção americana via as hipóteses de atingir a final de São Petersburgo serem praticamente estilhaçadas pelo pé direito do jovem alemão.

Perante tamanha adversidade, é de louvar a atitude dos mexicanos. Foram à luta, nunca desistiram e tentaram contornar o destino que era traçado pelos alemães. Herrera, em conjunto com os irmãos dos Santos, assumiram as rédeas do jogo e empurraram a equipa de Osorio para perto da área adversária. Alicerçada ainda na largura e verticalidade proporcionadas por Aquino e Layún, o México obrigou a Alemanha a recuar. Por esta altura, a iminência de um golo mexicano era uma realidade.

Para infortúnio da formação americana, tal não aconteceu quer por desacerto na hora da finalização dos seus jogadores, quer pela qualidade evidenciada por Ter Stegen. As dificuldades alemãs sentidas no primeiro tempo não se repercutiram no arranque da etapa complementar e os germânicos aumentaram mesmo a contagem.

Werner, após uma bela jogada do ataque alemão, dissipou eventuais dúvidas que ainda pudessem existir relativamente ao segundo finalista deste torneio.

O México ameaçou várias vezes o tento de honra, mas a sorte teimava em não proteger os audazes mexicanos. Raúl Jiménez acertou na trave, antes de Marco Fabián, num momento de inspiração, reduzir a diferença no marcador. O golo ajustava-se perante aquilo que a formação americana produzia. Pecou apenas pela demora.

O recém-entrado Younes ainda foi a tempo de aumentar a vantagem alemã na partida. Resultado demasiado pesado para aquilo que a formação de Osorio produziu durante uma hora de jogo.

Segue-se agora uma final entre Alemanha e Chile que irá consagrar um vencedor inédito.