O gélido calculismo que vulgarmente se reconhece aos alemães ainda vence competições e, na demonstração mais recente, fez do Bayern de Munique a equipa internacional do ano. A equipa bávara ergueu a Taça dos Campeões Europeus em Milão, diante do Valência, numa final dramática em que até Zahovic, agora no Benfica, desperdiçou uma grande penalidade na hora das decisões, momentos em que, por hábito, os germânicos costumam ser mais frios e letais, e elevou, cinco meses mais tarde, a Taça Intercontinental, vencendo o Boca Juniors, da Argentina, com um golo de Kuffour, já no decorrer do prolongamento. 

O Liverpool, renascido, também fica para a história de 2001. Por três razões: venceu a Taça de Inglaterra, a Taça da Liga inglesa e a Taça UEFA, deixando pelo caminho o F.C. Porto, derrotado em Anfield Road nos quartos-de-final. Em Dortmund, na final, os «reds» venceram o Alavés, de Espanha, por 5-4, numa final estonteante e dramática, que terminou com um autogolo de Geli, nos últimos instantes do prolongamento. 

De tanto erguer «canecos», sobra uma razão para a distinção. A Federação Internacional de História e Estatística do Futebol fez as contas e colocou o Liverpool no primeiro lugar de um «ranking» que envolve clubes de todo o mundo. Só faltou vencer a «Premier League», de que os vizinhos de Manchester não abdicam, para fazer o pleno.