Um espectáculo de fogo de artifício encerrou a festa de apresentação do novo plantel do Benfica, que decorreu durante três horas no Estádio da Luz ao final da tarde/início da noite de hoje (sábado). 

No dia em que se soube que o Benfica passará a ser visto muitas vezes de azul escuro e que Chano «herda» a camisola de João Vieira Pinto, a festa começou com o desfile de todas as equipas de futebol do clube encarnado. 

Cada uma delas é apadrinhada por um jogador da equipa sénior. Nuno Gomes «patrocina» a escola de futebol, Maniche a escola de competição, João Tomás os infantis, Ronaldo os iniciados A, Paulo Madeira os iniciados B, Enke os juvenis e Calado os juniores. Eusébio é o padrinho da equipa B, que também desfilou no relvado da Luz. 

Pedro Miguel Ramos e Ana Marques, apresentadores televisivos, foram os animadores da «rentrée» encarnada, que contou com as presenças musicais dos Anjos e de Lúcia Moniz. 

Susana Félix falhou à última hora, devido a um atraso num voo que a trazia de volta a Lisboa após um espectáculo. 

Um grupo de «cheer leaders» do Benfica também teve o seu número ao início da noite de ontem, entre a apresentação individual dos jogadores e a peladinha que animou os dez mil adeptos presentes nas bancadas. 

Nuno Gomes é a estrela 

Nuno Gomes, melhor marcador da Selecção portuguesa no Europeu, é claramente a nova coqueluche dos benfiquistas. 

O avançado, apesar de se encontrar em gozo de férias, não falhou a apresentação e ouviu o aplauso mais entusiástico da festa. 

Nuno Gomes - que também desfilou na apresentação à imprensa dos novos equipamentos - aproveitou a ocasião para doar ao museu da Adidas um par de chuteiras utilizado no Campeonato da Europa. 

De sinal contrário aos aplausos dirigidos a Nuno Gomes estiveram os assobios a Jupp Heynckes que o Maisfutebol relatou na hora. 

Quem marca um marca dois... 

No início de uma época em que o elevado investimento na equipa de futebol aumenta as expectativas de quebra de um jejum que já vai em seis anos, os adeptos do Benfica puderam acarinhar a preceito os jogadores da equipa. 

As excepções foram Sabry, que se encontra ao serviço da selecção do Egipto, e Poborsky e Van Hooijdonk, que gozam férias e se juntarão mais tarde aos companheiros. 

Cada futebolista presente ouviu o seu nome nos altifalantes da Luz e andou sobre uma passadeira vermelha para os aplausos da praxe, entre o fogo das tochas dos malabaristas que animaram os festejos desde o início. 

Uma ou outra gaffe, nomeadamente os 27 anos que Ana Marques quis «dar» a Fernando Meira, não ensombrou o clima de quase euforia que se vivia no estádio. 

Antes do final da festa houve meia-hora de futebol para matar saudades. De um lado nove atletas vestidos de vermelho, do outro mais nove, mas vestidos com o novo equipamento alternativo azul escuro. 

Nuno Gomes e Robert Enke não participaram na «peladinha», que os «azuis» haveriam de vencer por 4-2 e teve a particularidade de cada um dos marcadores de serviço ter apontado dois golos. Foram eles Maniche, João Tomás (com os melhores momentos da tarde) e Miguel, o novo recruta que vem do Estrela da Amadora. 

Por curiosidade, fica a forma como Jupp Heynckes dividiu as equipas para a primeira mostra aos associados: vermelho - Moreira, Rojas, Paulo Madeira, Sérgio Nunes, Carlitos, Chano, Uribe, Toy e Miguel; azul - Bossio, Dudic, Marchena, Ronaldo, Maniche, Fernando Meira, Calado, Kandaurov e João Tomás.